Na noite da última segunda-feira, 11 de novembro, a Câmara Municipal de Ribeirão Preto realizou a segunda Audiência Pública para discutir a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025. O evento aconteceu no Plenário da Casa e contou com a presença de vereadores, representantes da sociedade civil organizada e membros da comunidade local.
Estiveram presentes os vereadores Sérgio Zerbinato (PSDB), presidente da Comissão de Finanças, Orçamento, Fiscalização, Controle e Tributária, André Rodini (NOVO) e França (PSD).
O vereador Sérgio Zerbinato deu início à audiência destacando que, até o momento, foram apresentadas 32 emendas ao projeto de lei, sendo 23 aditivas, 8 modificativas e 1 supressiva. As emendas foram propostas por diversos vereadores, incluindo Alessandro Maraca (MDB), Paulo Modas (PSD), Marcos Papa (PODEMOS), Judeti Zilli (PT), Zerbinato (PSDB), Igor Oliveira (MDB) e Duda Hidalgo (PT), além de dois formulários de sugestões enviados pela população.
Em sua fala, o vereador André Rodini (NOVO) sugeriu a inclusão de um reajuste no valor do repasse da Prefeitura para as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). Atualmente, o valor do repasse é de R$ 2.500 por entidade, o que, segundo Rodini, é insuficiente para cobrir as despesas dessas instituições. De acordo com o vereador, o custo mínimo para manter uma ILPI de grau 1 ou 2 gira em torno de R$ 4.500 por idoso, sendo que, por exemplo, a Casa do Vovô, uma das ILPIs mais conhecidas da cidade, tem um custo de R$ 7.000 por idoso.
Rodini sugeriu que fosse incluído no orçamento um valor total de R$ 6.714.000,00 apenas para as ILPIs do município, a fim de garantir a sustentabilidade dessas entidades que prestam serviço essencial à população idosa.
Outro ponto importante discutido foi a forma de elaboração e discussão do orçamento. O vereador França (PSD) expressou seu desacordo com a atual metodologia adotada, argumentando que a população de Ribeirão Preto precisa ter mais participação na construção do orçamento, especialmente no que se refere às demandas específicas de cada região da cidade. Segundo França, a forma como o orçamento é discutido atualmente não reflete as necessidades reais da população. Ele defendeu que as comunidades discutam diretamente as suas prioridades e que essas demandas sejam refletidas na LOA.
O debate também recebeu sugestões e questionamentos do público presente, com destaque para questões relacionadas à saúde, educação e infraestrutura. A proposta de debater o orçamento com mais transparência e participação da sociedade segue sendo uma das principais demandas levantadas durante as audiências públicas.
A Audiência Pública visa informar, promover o debate, esclarecer dúvidas e questionamentos da população e, sobretudo, reforça a importância do diálogo e da cooperação entre diferentes setores da sociedade para encontrar soluções eficazes.
Texto: Isabella Capuzzo - estagiária | Fotos: Thaisa Coroado